sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O problema do nome hebreu - 2

                  Uma outra vertente no estudo da interpretação sobre a origem do nome está relacionada com a história dos movimento migratórios já descritos no capítulo anterior. Segundo essa tese, o nome "hebreu" (ivri), tem uma íntima relação com o termo aramaico apru, um termo nada elogiável, atribuído por nativos da Palestina aos pastores seminômades que estavam migrando para essa região cerca de 2000 a.C., tratados como "bandoleiros, ciganos ou ladrões ou algo parecido". Um estudo feito por Hans Alfred Treins mostra que esses grupos cresceram favorecidos pelos conflitos entre os reinos cananeus que se dividiam a favor e contra o dominó egípcio na Palestina antiga, explorada por uma forte exigência tributária dos faraós. Cartas encontradas em Tell El Amarna (1887 d C) revelam o pedido de ajuda de princípes cananeus ao faraó Amenófis IV (1360 a C) para que este enviasse tropas para expulsar os apru, acusados de pilhagem na Palestina. Para Manfred Weippert (1967) os dois termos são apresentados linguisticamente pois as línguas semitas só distinguem entre "b" e "p", Assim a pesquisa iguala os dois grupos com um único grupo denominado em I Sm 13 e 14:21 de hebreus pelos filisteus. Parece que esse grupo que, antes servia aos filisteus, tinha desertado para o lado dos israelitas. Mais tarde, em I Sm 29, os filisteus desconfiarão de Davi e do seu exército e do seu exército de mercenários (que se oferecem para lutar pelos filisteus) temendo que eles também venham a desertar.

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