quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O problema do conflito de datas do Êxodo - 3

                  Merrill (2002, p.54) argumenta que o jovem Moisés teria sido uma ameaça para Tutmósis III, visto que ele era "filho da filha de faraó" (Hb 11:24), o que teria justificado a fuga de Moisés depois deste ter matado um egípcio. O raciocínio aqui é que depois que os hicsos foram expulsos do Egito, Amósis (1570-1546), o faraó mencionado em Ex.1:8 como o rei "que não conhecera a José", teria iniciado uma política de trabalhos forçados como mão de obra escrava, dentre eles, descendentes de Jacó. Como se não bastasse essa política escravizante, um dos faraós seguintes, Amenófis I (1546-1526) ou Tutmósis I (1526-1512), teria praticado um genocídio (Ex.1:15-16). Assim, pesquisadores como Merrill (ibid, p.55-56) colocam Amenófis II (1450-1425) como o faraó do êxodo, visto que duas de suas campanhas militares na Palestina (Em 1450 e 1446) combinariam com uma possível perseguição a um povo em fuga, tendo seu exército sido desmoralizado numa tentativa frustrada de passagem pelo Mar dos Juncos.

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